terça-feira, janeiro 31, 2006

proposta para uma noite de sábado bem passada

...pois é, esta semana a coisa está complicada, vou blogar à distância (um amigo vai-me colocar qq coisa por aí durante estes dias...).
deixo-vos um convite, se vos apetecer passem por aqui no sábado à noite... a sala permite qq coisa mais ruidosa, penso que estaremos em casa... o primeiro concerto do ano, muitas novidades... depois disto, gravação. mais novidades por aqui

para terça e quarta - mingus

Nem parece que gosto de jazz. Quase nunca falo disso por aqui. Gosto muito. Sobretudo da fase mais free e cacofónica, associada a movimentos libertários e/ou espirituais (anos 60, mais ou menos).

Esta semana, um dos que mais gosto, Charles Mingus. Um disco e algumas palavras (livro) - o chamado dois em um.

O disco foi o primeiro que ouvi e, sorte do c…, continua a ser o preferido: Mingus at the Cafe Bohemia, de 1955. Uma gravação espantosa, onde até se ouve o guinchar de um pedal de bombo mal oleado.

Quanto às palavras, um pouco da sua autobiografia, “Abaixo de Cão”:


"In other words I am three. One man stands forever in the middle, unconcerned, unmoved, watching, waiting to be allowed to express what he sees to the other two. The second man is like a frightened animal that attacks for fear of being attacked. Then there's an over-loving gentle person who lets people into the uttermost sacred temple of his being and he'll take insults and be trusting and sign contracts without reading them and get talked down to working cheap or for nothing, and when he realizes what's been done to him he feels like killing and destroying everything around him including himself for being so stupid. But he can't - he goes back inside himself. Which one is real? They're all real."


segunda-feira, janeiro 30, 2006

maio de 68

hilariante genial inventivo amigo palerma subsersivo preguiçoso sonhador anarquista humano... adoro-te Gaston

sexta-feira, janeiro 27, 2006

desejo

Foto: Merritt

“Verificou-se que o desejo que um corpo sente por outro pode fazer diminuir a distância que os separa… os deslocamentos são da ordem dos 3 a 5 mícrons, podendo atingir valores bem mais elevados quando a massa do objecto desejado é reduzida e o desejo é intenso.”

“Este homem esteve encerrado num compartimento aquecido a 40ºC durante 24 horas… período durante o qual lhe foi vedada a ingestão de quaisquer líquidos.”

“Quando foi confrontado com uma garrafa de refrigerante provocou-lhe um deslocamento de 18 mícrons.”

As descobertas de Henk haveria de revelar-se funestas para a sua vida conjugal:

“Eu já calculava, nem um mícron…”

“Mas querida, pode ser uma deficiência do equipamento…”

José Carlos Fernandes, a Grande Enciclopédia do Conhecimento Obsoleto

proposta musical para hoje a amanhã

...tou lá! ah, e para as novidades dos new connection, passem por aqui ah! e no domingo à tarde mais um sunday show na bomba suicida... uf!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

disparos acidentais e pornografia...


... isto não é uma homenagem, é um pedido. foda-se pá, não feches a coisa. o teu blog é criativo. tem pinta. tem quadros. tem imagens. tem texto. é específico. é original. tentei passar por lá. não deu. ouvi que iria fechar. deixo-te uns quadros de burroughs... e um pedido...

filme às quintas - os pássaros

nada é verdade... tudo é permitido....




... sem tentar perceber ou explicar o que quer que seja



quarta-feira, janeiro 25, 2006

clorofila

Imagem: Burroughs
…era viciado em clorofila. Eu e cerca de cinco outros tipos estávamos num hotel mexicano rasca à espera que nos vendessem clorofila. Fica-se todo verde com clorofila e é impossível abandonar tal vício. Uma dose e ficamos viciados a vida inteira, acabando por nos transformarmos em plantas. William Burroughs, Junky

fico-me por aqui em Junky. consciência vegetal.

livro às quartas - viagem ao mundo do sonho

Sou Herman Hesse, o escritor…” dito por um puto lourinho de 10 anos é improvável “…o que se passa é que sou uma projecção de H.H. que se materializa nesta casa onde o escritor trabalha.” Pedido “… dás-te conta que com a tua incredibilidade me relegaste para o mundo da fantasia, e que já não poderei sair daqui?”.

Corto embarca no mundo do sonho, desta vez pela literatura. A meio caminho escapa de um encontro com a morte.

Chegado a este ponto tudo pode ser invenção. Até o leitor pode ser fruto da nossa imaginação!”

A jornada prossegue… Parece que embarcamos em kerouac, num dos seus devaneios cósmicos:

O mundo é estável apenas em virtude do secreto. Há em alguma parte, à sombra de um templo, personagens desconhecidas que projectam o peso do seu encantamento nos pratos da balança cósmica. Eu conheci alguns deles.

… recorda-me o Coltrane de ontem… ou as descrições de jazz do kerouac.




Um encontro com o cálice sagrado e com o diabo… um julgamento… finalmente adormece…

Nas últimas aventuras de corto, a realidade funde-se com o sonho, sem explicação (ainda bem…). surreal. novos campos de aventura. gosto de acreditar que corto maltese foi tão real como este blog.

um abraço de parabéns para o meu primo jorge (outro sonhador).

terça-feira, janeiro 24, 2006

quotidiano

As conversas eram de um tédio mortal, agregados humanos a desintegrarem-se em insanidade cósmica, eventos ao acaso num universo moribundo. William Burroughs, Junky

blábláblá. é um esforço imenso fazer conversinhas. dar atenção e importância a banalidades. Foda-se, repito-me.

música às terças: Olatunji

Continuando numa lógica existencialista, recupero (e actualizo) um post antigo sobre Coltrane.

As suas últimas gravações são para mim o expoente máximo daquilo que vou falando no Blog (Beat, Bop, outras paisagens…): Entre o espiritual e o cacofónico (palavra que não utilizo com um sentido depreciativo), a sua música conseguiu criar um universo próprio, inimitável. É como a escrita automática de Kerouac ou as colagens de Burroughs.

O Olatunji Concert é um dos expoentes máximos desta fase: it is definite evidence of the strength and clarity of Coltrane's vision, undimmed by the illness that was to take his life some three months later (BBC Jazz Review). Não foi o seu último concerto mas terá sido a última gravação.

Os primeiros segundos deste concerto e as primeiras páginas do Festim Nu provocaram-me a mesma impressão: qué isto????? Parecem ambos caóticos, desconexos, absurdos. Os dois vão um pouco para além daquilo que é música/escrita, criam e exploram novas regras, novas paisagens. São semelhantes no efeito, Coltrane é mais espiritual.

Olatunji é (era?) um centro de promoção da cultura Africana, na 125th Avenue, em Harlem.

Com Alice Coltrane ao piano (também dela iremos falar por aqui, noutros dias - a senhora tocava harpa de quando em vez...), Pharoah Sanders no sax tenor, Jimmy Garrison no contrabaixo e Rashid Ali na bateria (mais umas quantas percussões).

Começa com Ogunde e dispara automaticamente para fora deste mundo. Coltrane abre com as primeiras frases, ao que o sax de Sanders responde com os primeiros sinais da cacofonia que se iria seguir. Alice Coltrane vai criando por trás um ambiente verdadeiramente maravilhoso, uma barreira de som que dá suporte a tudo o resto. Depois, são os gritos alucinantes dos saxofones, até ao final do tema (28 minutos depois).

Segue-se My Favourite Things (um dos meus temas favoritos). O contrabaixo abre caminho de forma suave. A bateria entra e é braçal, industrial. O gritos aparecem de novo e a história repete-se, até ao fim do concerto.

É um registo verdadeiramente fantástico, pena a captação de som não ser um pouco melhor… (o piano por vezes desaparece, a bateria está demasiado presente).
A não perder. Uma viagem alucinante. Consigo imaginar Kerouac, a assistir, a captar para mais tarde nos relatar a experiência.
Tem sido um percurso, retirar da aparente confusão algo que é profundamente belo. Não vale a pena tentar perceber... basta deixarmo-nos ir.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

existencialismo

... há algo de tremendamente belo neste momento aqui capturado. não sei porquê, fez-me lembrar que este é um blog essencialmente existencialista. pessimista. cínico. sem paciência. amoral (tenta-se). devia talvez caminhar para o surreal. um espaço a ser (re)pensado... nos próximos tempos, existencialista.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

manifesto...

... pela criação.
...participei pela 1ª vez numa música verdadeiramente experimental... o potencial de criação neste contexto, onde não há barreiras, é entusiasmante. pela criação.

gamanço


Imagem: Burroughs
Também trabalhávamos nas carruagens. Sentava-me ao lado de um bêbado e abria um jornal. O Roy estendia o braço por trás de mim e revistava-lhe os bolsos; se o tipo acordava, via que eu segurava o jornal com ambas as mãos. Fazíamos, em média, dez dólares por noite. William Burroughs, Junky
Charles Mingus foi chulo, por ser negro.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

cinema às quintas (mais ou menos...)

Esse indivíduo passeia-se onde outrora exerceu o seu o seu inconcebível e obsoleto comércio, mas mantém-se imperturbável. Os seus olhos são pretos com uma calma invisível de insecto. Parece alimentar-se de mel e xaropes, que sorve através de uma espécie de tromba.

Qual é o seu comércio perdido? Embora não seja embalsamador, pertence definitivamente a uma classe servil e tem algo a ver com os mortos. O seu corpo talvez contenha qualquer coisa – uma substância para prolongar a vida – da qual os seus amos periodicamente se abastecem. É tão especializado como os insectos para executar funções inconcebivelmente vis
. William Burroughs, Junky
...quase sempre preferi os maus da fita.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

um livro à quarta - festim nu

Não é o livro da minha vida (será que existe?...), mas, tinha mesmo de começar por aqui.

Fui avançando por leituras alternativas (o que quer que isso seja) e cheguei a Festim Nu, sem conhecer nada de Burroughs. Já li o livro três vezes. Ao princípio tentei perceber. Depois fui-me deixando levar pelas paisagens e retratos… é melhor assim. O autor corta e copia excertos sem lógica aparente.

Um livro de que tinha alguma vergonha de ler no metro cheio de gente – os relatos são pesados, para quem ainda ia estando verdinho nestas coisas. Ficou o vício pelo autor e, mais tarde, este blog, que lhe é inteiramente dedicado.

Estou a ler todas as obras de Burroughs, desta vez de forma cronológica. Hei-de reler uma quarta vez… (vou em Interzone).

Para os mais interessados, fica um excerto (uma pequena história, com princípio e fim… quem viu o filme de Cronenberg deve recordar-se).

The Man Who Taught His Asshole to Talk

Did I ever tell you about the man who taught his ass to talk? His whole abdomen would move up and down you dig farting out the words. It was unlike anything I had ever heard.

This ass talk had sort of a gut frequency. It hit you right down there like you gotta go. You know when the old colon gives you the elbow and it feels sorta cold inside, and you know all you have to do is turn loose? Well this talking hit you right down there, a bubbly, thick stagnant sound, a sound you could smell.

This man worked for a carnival you dig, and to start with it was like a novelty ventri- liquist act. Real funny, too, at first. He had a number he called The Better Ole that was a scream, I tell you. I forget most of it but it was clever. Like, "Oh I say, are you still down there, old thing?"

"Nah I had to go relieve myself."

After a while the ass start talking on its own. He would go in without anything prepared and his ass would ad-lib and toss the gags back at him every time.

Then it developed sort of teeth-like little raspy in- curving hooks and start eating. He thought this was cute at first and built an act around it, but the asshole would eat its way through his pants and start talking on the street, shouting out it wanted equal rights. It would get drunk, too, and have crying jags nobody loved it and it wanted to be kissed same as any other mouth. Finally it talked all the time day and night, you could hear him for blocks screaming at it to shut up, and beating it with his fist, and sticking candles up it, but nothing did any good and the asshole said to him Its you who will shut up in the end. Not me. Because we dont need you around here any more. I can talk and eat AND shit.

After that he began waking up in the morning with a transparent jelly like a tadpoles tail all over his mouth. This jelly was what the scientists call un-D.T., Undifferentiated Tissue, which can grow into any kind of flesh on the human body. He would tear it off his mouth and the pieces would stick to his hands like burning gasoline jelly and grow there, grow anywhere on him a glob of it fell. So finally his mouth sealed over, and the whole head would have have amputated spontaneous- except for the EYES you dig. Thats one thing the asshole COULDNT do was see. It needed the eyes. But nerve connections were blocked and infiltrated and atrophied so the brain couldnt give orders any more. It was trapped in the skull, sealed off. For a while you could see the silent, helpless suffer- ing of the brain behind the eyes, then finally the brain must have died, because the eyes WENT OUT, and there was no more feeling in them than a crabs eyes on the end of a stalk.


Fotos: Dee Love

terça-feira, janeiro 17, 2006

new connection no blitz (mas só um bocadinho)


parece que a
minha banda voltou a sair no blitz (mas só um bocadinho). ainda não vi. alguém viu (página 21, foto laranja com botas azuis)?
calha mesmo bem, numa terça-feira dedicada à música...

é nestas alturas que deveríamos deixar a coisa…

Uma tarde, fechei os olhos e vi Nova Iorque em ruínas. Na rua 42, enormes centopeias e escorpiões entravam e saiam a rastejar de bares, cafetarias e drugstores vazios. Ervas daninhas cresciam através de buracos e fendas. Não se via ninguém. William Burroughs, Junky

… por outro lado, muito do universo dele acaba por estar nesta visão. Que venham as lagostas bêbedas e rabos falantes (amanhã há mais...).

um disco às terças

Foi difícil escolher por onde começar. Música é o meu principal vício e vou ouvindo muita coisa. Não segui a lógica do "CD da Minha Vida", preferi escolher o primeiro que me veio á cabeça: "dead combo - vol. 1 ". Uma viagem ao mundo das bandas sonoras de westerns imaginários e ficção científica pós moderna. Instrumental, apenas, arriscado, mas muito bem conseguido, um cd para ouvir e ouvir e ouvir... guitarra(s), contrabaixo, harmónica.
Nos dead combo tudo é bem conseguido. Da aparente simplicidade musical à aparente simplicidade estética. O novo cd está masterizado... venha ele.
As fotos são minhas, no santiago alquimista, um momento musical inesquecível. A ouvir com muita atenção!

Adiram ao "disco às terças"!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

cura


Uma vez, no Texas, livrei-me de um vício fumando marijuana, bebendo meio litro de paregórico e ouvindo uns discos do Louis Armstrong. William Burroughs, Junky

Será que Coltrane e moscatel me curam da merda da asma?

sexta-feira, janeiro 13, 2006

pertença

Imagem: Kienholz
sinto-me bem com quem sinto afinidade. depois há os lugares e os hábitos, os livros, a música, a companhia de sempre no sofá – abraço, sorriso. cozinhar, queimar incenso. os guinchos de coltrane. burroughs. caminhar. viajar (bem) acompanhado. sossego. criação. um bom concerto – amigos. pouca luz. o aquário. até a televisão (cada vez menos).

forço muito do resto. conversinhas. faz-de-conta. luz artificial. passado algum tempo (muito normalmente) surge o mau feitio. a paciência vai-se. perdem-se as referências. fingir é tramado. começa-se a dizer o que se pensa, ou não. Silêncio. fuga à mania da perseguição, volta aos locais de pertença.

Uf.

receptáculos...

anda tudo grávido à minha volta... bem, parabéns a todos

a primeira pedrada de burroughs



Pintura: Burroughs (Carnival)

O efeito da morfina sente-se, primeiro, na parte de trás das pernas e, depois, atrás do pescoço, uma vaga relaxante que se propaga descontraindo os músculos de todos os ossos de modo que uma pessoa se sente a flutuar. É como boiar em água salgada.

Quando essa vaga relaxante começou a propagar-se através dos meus tecidos, fiquei com medo. Tinha a sensação de uma imagem horrível a mover-se fora do meu campo de visão. Virava a cabeça, mas não conseguia vê-la. Senti-me enjoado; deitei-me e fechei os olhos. Uma série de imagens passou diante dos meus olhos, como num filme. Um enorme bar de hotel iluminado a néon que foi ficando cada vez maior até incluir ruas, tráfego e obras nas ruas; uma empregada com um crânio numa bandeja; estrelas no céu límpido.

O impacto físico do temor da morte; a impossibilidade de respirar; o sangue a parar nas veias.

William Burroughs, Junky

quinta-feira, janeiro 12, 2006

prazer

Foto: Michael Bowen

Vivi a agonizante privação da droga e o prazer do alívio quando as células sedentas bebiam da agulha. Talvez todo o prazer se resuma a alívio. Aprendi o estoicismo celular que a droga ensina. William Burroughs, Junky

é como a espera pelo fim-de-semana. é como…

quarta-feira, janeiro 11, 2006

adiram à iniciativa literária um livro às quartas...

... eu vou aderir! mais informações aqui

regresso

regresso às origens. burroughs não passa por aqui há demasiado tempo. nos próximos (muitos) dias, os seus dois primeiros livros, de carácter essencialmente biográfico: junky e queer (gostei sobretudo do segundo).
já repararam nesta pérola (a capa do livro)? confissõesdumdrógádo

terça-feira, janeiro 10, 2006

Estou bem aonde não estou…

A vida que nos calhou em sorte nunca nos parece ser suficientemente rica ou excitante. Receia-se estar a perder algo de muito melhor na cidade vizinha ou no quarto ao lado. A existência humana é constantemente minada pela terrível suspeita de que a vida é noutro lugar”. José Carlos Fernandes

Noutro lugar, noutro tempo. Adiamos por vezes a existência. Dificuldades de enquadramento no presente e na geografia do momento. No fundo tempo e espaço não são assim tão importantes. Que se fodam os dois.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

pj harvey

gosto muito


tens um dos meus albúns preferidos, 4 track demos


cru, visceral, sensual

um punch de pj no seu melhor...

vejam mais aqui

sexta-feira, janeiro 06, 2006

na revolução todos têm um papel...

e os macacos são os mais subversivos...
foto: banksy

no ano do rato cada um tem o seu papel

... eu estou em todo o lado, ouço tudo

já agora...



... a ver se é desta... concertos... gravações... mais concertos... (a ver se é desta que vamos ao Porto) new connection em força este ano

quinta-feira, janeiro 05, 2006

ano rato

animal simpático e profundamente reflexivo. alvo injusto de asco e repúdia, associado ao mal, à doença, …

coisas boas, comunitárias e generosas. este será o ano dos ratos e afins. inspirados em Burroughs, e a lógica do vírus palavra ou imagem.

estratégia. espalhar o vírus por todo lado. a começar pela televisão. nas telenovelas (e revistas afins) as raparigas adoptam ratazanas juvenis “tão queridas”; “são tão asseadas…”; “toda a malta fixe tem uma”. em seguida são adoptados pela publicidade. a Nike gasta fortunas a realizar anúncios com efeitos especiais prodigiosos (partidas de futebol entre galácticos e ratazanas,…). finalmente, a pornografia é associada a estes simpáticos animaizinhos. o vírus está espalhado…


venham eles

fotos: banksy

quarta-feira, janeiro 04, 2006

jazz manel

jazz manel, músico talentoso

é amigo e colega nas músicas e agora é mais um freak dos blogs... desculpem a publicidade, mas parece-me uma boa proposta... passem por aqui e deixem comentários (se vos apetecer).
música (muita) livros viagens especiarias diversas... ainda agora começou, a ver no que vai dar
...e desculpem a publicidade

terça-feira, janeiro 03, 2006

meter os pés

aquelas situações complicadas. vais para dizer “foda-se, este metro é mesmo porreiro

dois segundos antes uma voz irritada “que metro tão feio, o nosso é muito melhor” (nacionalismo entupidos…)

normalmente a (má) sorte não me tem dado estes dois segundos providenciais: sempre que digo mal de alguma coisa (o que acontece com alguma frequência...) tenho a pontaria de ofender uma pessoa que por acaso esteja mesmo ao meu lado.

exemplo: troca de prendas de natal. almoço de trabalho num barco no douro. “foda-se, uma merda de um livro de psicologia. foi de certeza o cabrão de um psicólogo…” a J., mesmo ao meu lado, ruborizou e olhou para o chão… tento ter mais cuidado mas de vez em vez lá me sai uma destas… chama-se a isso falar de mais, ser um bocadinho parvo e ter um bocado de azar…


meter las patas...

segunda-feira, janeiro 02, 2006

... e para todas

foto: banksy