Festim Nu: maio 2006

inspiração

um calor do caralho pela rua... e em casa... a vizinhança aos gritos (o costume, acho piada)... suo como um porco... dos pequenos... a varanda... ar... fresco.... inspiro... inspiração nada... uma cerveja gelada... duas... três... quatro... a luz... as vistas... começo a ver coisas... escaravelhos no sofá... bebem-me o moscatel todo... bebo um... a lua desce-me no quarto... parto-a ao pontapé... abro o insecto alado... como-o... estava com fomes... outro moscatel... sinto-me inspirado de novo... recordo rasputine... bandido anarca... por onde andas agora?... durmo... inspirado...

coisas simples VII

lisboa à noite, depois de umas sardinhas no sítio do costume, de uma imperiais (ou sangria) e moscatel. flutua-se.

coisas simples VI

relvar. dormir um pouquinho. uma sesta. dar descanso ao corpo. ganhar forças para outras batalhas... das simples. o cheiro a relva e a humidade no corpo. sentir o corpo enterrar-se no chão. rebolar um pouco. acordar e ir fazer outra coisa qualquer.

coisas simples V

foder

coisas simples IV

fotos: silwia kowalczyk

... a ribeira (preferencialmente uma que poucos conheçam e onde quase ninguém vai) num vale encaixado. fim de tarde. sombra. o calor das pedras. a marca das pedras nas nádegas dela. o primeiro contacto com a água. esfregar os pés nos limos. mergulho. o corpo dela, molhado. os arrepios ao sair da água. fome. fomes. a longa escalada de regresso. suor e cheiro a eucalipto. sexo...

coisas simples III

... a imperial, a conversa, o molho, o pão no molho, o ssshhhhllluurrrpppp que vai acompanhando a conversa, o chupar os dedos, mais imperiais, mais conversas... neste dia o cardoso estava fechado...

coisas simples I

sem grandes comentários... gosto mesmo muito... do prato vou sentir falta, um dia, quando o partir...

coisas simples II

fartámo-nos de falar...

efméride amanhã, dia 23

… estranhas coincidências… puta de vida diria, se me apetecesse… mas não me apetece… dia de festa diria… mas também não me apetece… apeteceu-me lembrar a musa deste blog, william burroughs… obrigado pá… volta sempre… cá estarei, para te cuspir no túmulo… e seguir em frente…

… a uma história simples…

queres ser um(a) fã?...

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veste a t'shirt. brevemente disponível.

... o festim está de luto

... ninguém me disse nada... não dei por nada... houve ao menos uma despedida?... o imaginário masculino perde uma grande referência... a partir daqui já nada será como dantes...

adeus gina...

(parece que a tânia também não está muito bem...)

está nos Prazeres... (vem-me uma melodia à cabeça... "e recordar é viver"... tantas imagens, textos verdadeiramente inspirados... ug)

coty gangster(s)

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da esquerda para a direita: Torré, saxofonista viajante e ciclista ocioso! Vasco D´Albergaria, mestre dos subgraves e dos pratos. Jorge Nunes aka Cali aka candidato a William Tell. Pedro Alçada, last but not the least...tocador de guitarra e outras coisas...

as potencialidades de um bicho destes são enormes...

o poder da palavra é avassalador

taschen

insecticida

putas das melgas... não me deixam dormir... pensei em usar insecticida mas tenho medo que ela se vicie na coisa... não seria a primeira... nunca se sabe... o pior são as picadas... detesto agulhas... e chupam-me todo... hoje acordei e bebi quatro copos de água... azul... sonho com os escorpiões florescentes de burroughs... festim... nu... injectam-me drogas improváveis... flutuo. estou cansado, hoje de manhã...

the legendary tiger man (automático)

sangue. tiveram um acidente enquanto fodiam no banco da frente (ao lado um painel: se conduzir não foda). é o mal dos carros. speed freak. esmagamento pelo volante. morreu, ela. ele não. bebe-lhe o sangue, lambe-lhe as cicatrizes. não tinha tido tempo de se vir. vira-a de costas e masturba-se. gaivotas insinuam-se, ruidosas. tinha acabado de a conhecer. pagou-lhe para o torear. para o espetar com força. sangrou mas não se veio. aspiraram umas linhas e fizeram-se à estrada. monta-me. ok. não se veio (maldita erva). sonhos a vermelho, imagens de naked blues, memórias aquáticas. melodias. sou a mancha amarela. misturam-se realidades. à noite. apetece.

apeteceu-me foder um pato

foto: lebaube

acordei com penas na boca... comecei por imaginar o donald, vestido de marinheiro, com uma garrafa de licor beirão debaixo da asa... apeteceu-me beijá-lo, sentir o doce da língua, lamber-lhe o bico... donald, faz-me um bico... ele fez... doeu um bocado... os patos afinal têm dentes... pequenos mas afiados... tirei-lho, não fosse ter ideias... rocei-lho nas penas... a partir daí não me lembro de nada... acordei com penas na boca e uma tatuagem no braço. direito. distantes referências a arroz de pato. um sorriso. estou a ver que não almoço. logo hoje...

estes anormais censuraram-me a foto...

"alibi é já ali" ou "ah caraças, grande noite"

pelas 3 da tarde saio de casa. uma rusga na minha rua. carrega-se o material. uns moscateis no trombas. um lanchinho no lumiar. a caminho.

discoteca alibi. montar tudo. fazer som. passar pelas brasas...

janta-se com os amigos

2 da manhã, a coisa começa (correu bem...)

mais uma horita e a coisa termina, com o alex a cantar o Transmission (foi um prazer, pequenote). a bateria descolou-se do chão. parti duas baquetes...

a gerência é muito boa onda com as bebidas dos músicos... (obrigado pelos moscateis)

conversas com os amigos. a música está muito bem. um desconhecido procura o festim nu. fico atrapalhado, não digo nada de jeito (um abraço, foi um prazer)

a coisa fecha. ficamos só nós. o prazer de ver o nome ao pé desta gente (da-se tiger man... ug... imagens...)

saímos de dia. a viagem é penosa.

jazz manel ao volante. tentamos não adormecer. paramos 4 vezes. às nove da manhã já a mouraria está cheia de gente às compras. a malta da feira da ladra não me deixa dormir...

... acordo e vou relvar para o spot habitual

... a vida é simples às vezes...

je ne suis pas un heros, moi...

um dos momentos mais sérios das suas fantásticas aventuras... depois de abandonar um companheiro à sua sorte confidencia-nos, fieis amigos, je ne suis pas un heros, moi... a partir daí (a coisa aconteceu em áfrica) corto foi mais feliz... sentiu-se mais leve e as suas histórias começaram a impregnar-se de sonhos que se confundem quase sempre com a realidade... tirou um peso dos ombros, falou com quem gostava dele... passou a flutuar por campos de borboletas amarelas e peixes improváveis... peixes voadores seguem-no, onde quer que ande...

new connection em leiria, hoje

na discoteca alibi, à noite. apareçam... mais em www.newconnection-music.com

diálogo (automático) com um tipo

caralho pá, não me apetece. o quê? nada disto. e então? sei lá, não sei o que te diga, estou bem onde não estou... pois, já passei por isso. dispenso os teus moralismos. mas... mas nada, não me chateies com essa conversa de merda, não gosto de evangelistas do caralho. calma, já passei por isso. e então? e então é fodido. e depois? apanhei o metro e nunca mais o voltei a usar. quando é que chegaste a uma conclusão? não sei, foi de repente. os dias tão devagar, os anos tão depressa. deixa-te disso, anda daí, pago-te um copo e uns torresmos. já ouviste o último do tiger man?...

moelas dealer...

queres comprar erva... não, sabes onde se pode comprar moelas por aqui?... ali abaixo, na casa da índia... obrigado. estava fechada (domingo...) fomos a outro lado

relvar. ou manifesto pelo direito à relva. ou post baboso

relvar é bom. relvar é o acto de estar deitado ou sentado na relva. relvar implica não fazer nada, preguiçar. relvar é bom para as ressacas dos sábados de manhã. relvar é inspirador (como tantas outras coisas simples ...). relvar é natural. relvar é ficar com relva espetada no nariz. relvar é ficar com a cara marcada pela relva. relvar é ficar todo molhado e sujo e a cheirar a relva. relva não é erva.

procurem um bom spot (não revelo o meu...) e relvem... e depois vão comer qualquer coisa... relvar faz fome.

mudar de vida: isto não é um post moralista

isto não é um post moralista...

... andam-me a dar umas dicas do tipo: "foda-se, o festim agora é só fotografias e borboletas?!?!". Pois, parece que sim, mas neste momento apetece-me... gosto deste meu cantito (muito) mas nem sempre dá para muito mais... faço o que me apetece...mas chega de introduções...

tenho as veias cheias de vida. apetece-me. não me apetece queixar-me, entrar no registo "os anos tão depressa, os dias tão devagar". sinto-me de férias em lisboa: a música, as sardinhas, os caracois, as moelas, os passeios, as fotografias, os amigos, sempre eles, os sorrisos, as cervejas e o moscatel (umas excepções para um improvável licor beirão), a ti chica. sobretudo os projectos, concretizados e por concretizar. vive-se.

e o festim vai atrás. tá-se. :)

o festim está festivo...