pêssega

... não é um espectáculo de um circo duvidoso

mais uma sugestão festiva... Peaches!

a louca...

raparigas que metem speeds

não sei bem porquê mas gosto... anda ali na fronteira com o muito foleiro mas têm pinta... é festivo (o que nem sempre - ou quase sempre - é bom). Uma sugestão para a passagem de ano. Ah, estou a falar das Chicks on Speed.

paciência

"blá blá blá blá blá blá" ("mas não se cala. dasse. fecha aí a torneira. matraca") "sim...pois... é isso mesmo..."

e o burro viu o anjo

Conhecem o livro (Nick Cave)? A foto tirei-a a uma outra foto, num museu em waschington. Bonita e surreal. Gosto muito de burros... e deste livro, impressionante para um escritor (na altura) tão novo. Carregado do universo de Cave - religioso e violento com muito amor à mistura.

o entusiamo de um bloguer - maquinetas para escrita e muito mais

A partir de hoje, à vossa disposição, uma secção de links para a cultura beat (vai crescendo aos poucos, aceitam-se sugestões...).

Começo por http://languageisavirus.com/, que disponibiliza um conjunto alargado de maquinetas manipu(cria)doras de escrita, baseadas na técnica de cut up de Burroughs (e muito mais).

Hugo Brito, acho que vais gostar.

Alguns exemplos, a partir deste texto:

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e outros como Slice-n-Dice; Magnetic Poetry; Automatic Poetry Generator; Text Collage; ...

a explorar (muito...)

convido-vos a participar na coisa: enviem textos, poemas, ... o que vos apetecer a partir destas maquinetas. tema principal: a palavra é um vírus!

para abrir caminho, o meu primeiro madlib poem (sim, não é brilhante...):

lindo burroughs's lindo burroughs

toco os meus velhinhos e os putos falam de joan;

gero as minhas ratazanas invento de novo.

(concebo crio dentro do meu peixe.)

vidros obscenos e negros,

grandiosa história da internet abrilhanta em:

sujo o meu festim nu e todas as naked injecções lunch.

ouço que fodeste num babuino

arrumo-me mal disposto, bêbado e muito enjoado.

(I conceber I criar you up inside my peixe.)

abutre comers from the baterista, escritor's sodomitas andam:

escrevo puta e a agulha do toxicodependente:

I sujar my festim nu and all the naked lunch.

corto e colo the way you declamar,

(I conceber I criar you up inside my peixe.)

- festim nu & Sylvia Plath

desfocado

tenho dificuldade em concentrar-me em pormenores e esqueço-me de quase tudo (livros, filmes, viagens...). não é mau... um dia destes volto a ler tudo de novo. às vezes estão a falar comigo e não ouço nada. out of focus.

apetece-me

salto grito faço caretas suo (muito) não me importo nada com isso mostro vivo às vezes sabe bem ser perfeitamente idiota brinco...

(foto: www.poisbem.com)

life aquatic e uma guitarra

Had Seu Jorge not recorded my songs acoustically in Portuguese I would never have heard this new level of beauty wish he has imbued them with.
David Bowie

Belo!

história de um rapaz que a quem o natal deprimia

brigada de intervenção rápida para a contenção de comportamentos desviantes face ao espírito natalício: "anda cá anda, com que então o pai natal é um fenómeno comercial de génese capitalista???" "cabrão do puto" puto: "dasse, nã se pode dizer nada, vou-me mas é pirar"

foto: banksy
Nota: tenho-me esquecido de colocar a fonte de fotos que não são minhas (desculpa "defocused"). Não levem a mal, a ver se não volta a acontecer.

rocky

rocky, acompanhado de um saxofonista talentoso, com laivos de improviso à Coltrane; um guitarrista criador de sons e ambiências e um scratcher (não sei se se chama assim...) mais rápido que a própria sombra (e que se ouvia, para variar), ofereceram ontem à noite na zdb um concerto memorável. obrigado! quem não conhece, aconselho a audição do cd - fica bem com tudo...

quartos de hotel

são não lugares, impessoais, sobretudo quando estamos sozinhos. não gosto quase sempre. não são acolhedores. há elementos decorativos perturbadores. já passei por dezenas e não me recordo de quase nenhum. gosto deste, do Astoria, em Coimbra. uma velharia cheia de história. encantador

Hoje quero um bolinho...

o bacalhau já está de molho...

... é grande.

Faltam as couvinhas.

Gosto das sequências de klunder... e confissões

Um conjunto de ilusões e metamorfoses improváveis!

Há mais, passem pelos links de fotografia.

A confissão: cada vez gosto mais disto. Estive fora mais de uma semana, pedi a uma amiga para me colocar os posts online (obrigado!). Mas não é o mesmo... os comentários, as visitas aos locais habituais... as ideias que ficam sem aplicação... esta merda vicia.

Cenas caseiras - vícios I

Junky e PJ Harvey, o meu album preferido.

olá a todos e todas...

... voltei

segredar

cumplicidade desejo sonho toque paladar segredos infância cumplicidade desejo sonho...

se não saio...

tenho de sair daqui... III

salto

tenho de sair daqui... II

parem de bater no vidro

tenho de sair daqui

E é já...
Putas das paredes...
E este gajo a bater nos vidros...

morte vegetal

Como será...

Que tipo de sentimentos a acompanham...

Haverá sentimento de perda?

Os cactos lá de casa não duram muito...

o baterista enquanto criança...

alegoria de um sonho

Para acabar...

Nuclear winter… howling wind and snow. An old man in a shack improvised from the ruins of his house huddles under torn comforters, blankets full of holes, and dirty rugs with his cats.
William S. Burroughs, The Cat Inside

FIM. É um livro inesperado em Burroughs.

Explicação da página 70

This cat book is an allegory, in which the writer’s past life is presented to him in a cat charade. Not that the cats are puppets. Far from it. They are living, breathing creatures, and when any other being is contacted, it is sad: because you see the limitations, the pain and fear and the final death. That is what contact means. That is what I see when I touch a cat and find that tears are flowing down my face.
William S. Burroughs, The Cat Inside

Psicologia

Já aqui disse que os gatos funcionam com Familiars, companheiros psíquicos. “They certainly are company.” Os Familiars de um velho escritor são as suas memórias, cenas e personagens do seu passado, real ou imaginário. Um psicoanalista diria que estou simplesmente a projectar estas fantasias nos meus gatos. Sim, de forma muito simples e literalmente, os gatos servem como ecrãs sensitivos para atitudes precisas quando desempenham papeis apropriados. Estes papeis podem mudar e um gato pode assumir diferentes personagens: a minha mãe; a minha mulher, Joan; Jane Bowles; o meu filho, Billy; o meu pai; Kiki e outros amigos; Denton Welsh que me influenciou mais que qualquer outro escritor, apesar de nunca nos termos conhecido.

Os gatos podem ser o meu último elo vivo para uma espécie moribunda.
William S. Burroughs, The Cat Inside

Alguém sabe quem é Denton Welsh?

Palhaço maravilha

De Slava apenas dizer que andava há muito para ver e que não me arrependi. Gosto de circos (sem animais) e de palhaços. Cria um universo próprio a partir de duas personagens, brinca com o público, parece tudo muito simples, resulta numa (curta) viagem a esse seu universo.

O CCB teve a amabilidade de convidar o público de menos recursos a ocupar os (muitos) lugares vazios da plateia. Obrigado!

Cenas caseiras I

luz mas pouca

Broken Flowers

De volta a Bill Murray, de volta ao cinema e, já agora, Jim Jarmusch pela primeira vez.

Broken Flowers é um regresso ao passado de um Don Ruan envelhecido (mas com muito encanto) à procura de uma máquina de escrever e de um filho desconhecido. Não chega a ser um road movie, não moraliza, é um filme simples que vive de boas interpretações e de um realizador que considero genial – Homem Morto, Ghost Dog e Café e Cigarros são filmes que não esqueço.

As estranhas personagens que habitam o filme são talvez o seu ponto forte (a lolita é assustadora...). Nada caminha no sentido do óbvio. O enredo é secundário. Sabe bem ver um filme assim.

Tentem descobrir o filho de Murray.

Vão ver e digam qq coisa.

parkeharrison

Faz-me lembrar Tom Waits. Clicar aqui.

O magnífico

Não sei se conhecem Legendary Tiger Man. Paulo Furtado (WrayGunn) encarna uma personagem que avançou no terreno pouco explorado do "one man show". Acompanho desde o primeiro albúm (tem dois, em breve teremos o terceiro) mas nunca o tinha visto actuar. Foi desta, mais uma vez no Mercado (obrigado pelos bilhetes Rua de Baixo!), mais uma vez duas horas depois do previsto (parece ser política da casa... é pena). Mas vamos ao que interessa...

Um blues muito puro, entre o calmo e o explosivo (o que é estranho, já que há apenas uma pessoas a tocar), mais uma interpretação genial de Paulo Furtado. Um público por vezes demasiado ruidoso mas participativo (uivos, saltos), acho que gostou. Eu gostei, muito, e tive o prazer de levar dois amigos que desconheciam (um deles saxofonista com muita pinta). Passem pelo site (aí ao lado, nos links de música), ouçam, digam se gostam.

novidades

1 - organizei os links e vou começar a organizar um dedicado a fotografia - boas sugestões aceitam-se.

2 - tenho estado ausente, uma amiga coloca-me os posts online. Não tenho por isso sido tão interactivo como gostaria. A coisa vai durar mais duas semanas, sempre que posso vou aparecendo. Abraço.

3 - Hoje vou ver o Slava.

bio auto

I don’t think anyone could write a completely honest autobiography. I am sure no one could bear to read it: My Past Was an Evil River
William S. Burroughs, The Cat Inside