penso que estará curiosa. assustada também, mas não o quer demonstrar. a adrenalina causada pelo medo dá-lhe a força necessária para mergulhar rumo a algo que não conhece. Ou talvez não seja nada disso...
devia passar aqui mais vezes também ;) Já agora ... ela é a Senhora do Lago , certo ? Avalon está lá ao fundo , disfarçada pelas brumas místicas das chaminés . Certo ? Diz que sim . hehehe
A mim lembra-me um filme do Antonioni "O Deserto Vermelho" em que uma mulher(não é essa mulher nem essa imagem mas é do que me lembro...) deambula numa planicie industrial onde o fumo também sai das chaminés de fábricas. De qualquer modo é muito "plástica" essa imagem que escolheste. Tal como os filmes dele. Agora diz lá...vá, põe isso a nú Nacked.
. se calhar foi por ontem ver o reininho a recitar poesia no prado do repouso . mas olhando para a fotografia veio-me à memória o "agente único": . "fechando os olhos, na retina fica uma foto duma base no deserto, central nuclear a céu aberto". .
A propósito do comentário antes do meu, e referindo-me ao objecto, sobre o qual me questionei mais acima (falei no poder do objecto), parece-me que foi arrancado do peito. A camisola está rasgada, sob a água, mas parece-me que algo mais está rasgado. O que me leva a concluir que o olhar que antes presumi ser de curiosoidade ou de medo não é mais que um olhar de desilusão. De perplexidade perante uma ordem natural das coisas que ela nunca irá conseguir entender ou ultrapassar. Atrás de si, um dia cinzento amanhece ou termina, não sei. Há cinzas no ar, de qualquer coisa que ardeu, que foi consumida. E ela afoga-se lentamente. A água (doce, salgada? não sei) penetra-lhe no rasgão da carne, onde ela julgara ter uma máquina de emoções, um coração, uma bomba de sangue e vontades humanas. Enganou-se. Alguém que não vemos na imagem causou-lhe tamanha dor no peito que ela não aguentou e com as próprias mãos rasgou a carne e retirou aquele pedaço de si que lhe doía. Mostra-nos, agora, que essa máquina dentro dela nunca foi feita de emoções, mas de metal frio, onde uma ténue luz que pisca se confundia com o bater de um coração. Percebes, agora, que o tal olhar é de uma profunda tristeza. Irremediável, pois a luz irá extinguir-se aos poucos. Tal como ela.
20 Comments:
em que está ela a pensar?
opiniões?
penso que estará curiosa. assustada também, mas não o quer demonstrar. a adrenalina causada pelo medo dá-lhe a força necessária para mergulhar rumo a algo que não conhece. Ou talvez não seja nada disso...
parece-me uma boa opinião ;)
assustada com o quê?
Consigo própria?!
...
assustada com o poder daquilo que tem na mão (o que quer que seja, isso tb pode estar sujeito a muitas interpretações)
como por exemplo...
vou pensar no assunto... :)
aguardo
devia passar aqui mais vezes também ;)
Já agora ... ela é a Senhora do Lago , certo ? Avalon está lá ao fundo , disfarçada pelas brumas místicas das chaminés . Certo ? Diz que sim .
hehehe
vai olhando e depois diz-me
"How did we get here?"
A mim lembra-me um filme do Antonioni "O Deserto Vermelho" em que uma mulher(não é essa mulher nem essa imagem mas é do que me lembro...) deambula numa planicie industrial onde o fumo também sai das chaminés de fábricas.
De qualquer modo é muito "plástica" essa imagem que escolheste. Tal como os filmes dele. Agora diz lá...vá, põe isso a nú Nacked.
.
se calhar foi por ontem ver o reininho a recitar poesia no prado do repouso
.
mas olhando para a fotografia veio-me à memória o "agente único":
.
"fechando os olhos, na retina fica uma foto duma base no deserto, central nuclear a céu aberto".
.
qual? o teu ou o dela?
Noutro computador vejo a imagem completa...sobretudo porque não se via a parte em que ela segura esse objecto com luz.
A propósito do comentário antes do meu, e referindo-me ao objecto, sobre o qual me questionei mais acima (falei no poder do objecto), parece-me que foi arrancado do peito. A camisola está rasgada, sob a água, mas parece-me que algo mais está rasgado. O que me leva a concluir que o olhar que antes presumi ser de curiosoidade ou de medo não é mais que um olhar de desilusão. De perplexidade perante uma ordem natural das coisas que ela nunca irá conseguir entender ou ultrapassar. Atrás de si, um dia cinzento amanhece ou termina, não sei. Há cinzas no ar, de qualquer coisa que ardeu, que foi consumida. E ela afoga-se lentamente. A água (doce, salgada? não sei) penetra-lhe no rasgão da carne, onde ela julgara ter uma máquina de emoções, um coração, uma bomba de sangue e vontades humanas. Enganou-se. Alguém que não vemos na imagem causou-lhe tamanha dor no peito que ela não aguentou e com as próprias mãos rasgou a carne e retirou aquele pedaço de si que lhe doía. Mostra-nos, agora, que essa máquina dentro dela nunca foi feita de emoções, mas de metal frio, onde uma ténue luz que pisca se confundia com o bater de um coração. Percebes, agora, que o tal olhar é de uma profunda tristeza. Irremediável, pois a luz irá extinguir-se aos poucos. Tal como ela.
Puseste os bloggers em acção...por mim só digo mais uma coisa ...Séc. XXI...decididamente muito XXI.
ana: acho que não é um lago, logo...
merdinhas: nã (sou muito tímido para isso...)
corpo: boa, mas tenho dúvidas
maria: ?
broa: acho que sim, tristeza
merdinhas: tb acho
vou usar mais fotos do sr. num futuro próximo (são muito boas algumas. esta é um pouco diferente, tem outro sentido)
abraço, obrigado pela animação
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