Bombs and Bullets
Passei pela Bomba Suicida, para o “Fragmentos de Meias Verdades”, de Mônica Coteriano. Do escuro um foco de luz... o movimento da bailarina vai provocando um efeito visual enganador: o braço em dois sítios ao mesmo tempo, fotografia desfocada. Só isso. Atrás, invisível, Sandra Line dá voz à coisa, sem música... arriscado mas bem conseguido.
Em seguida Tânia Carvalho, só, oferece-nos o “Explodir em silêncio nunca chega a ser perturbador”. Do livro que acompanha o espectáculo (Patrícia Caldeira), “Explodir em silêncio nunca chega a ser perturador. Pam! Após o impacto, todo o corpo uma casca, colaram-se às paredes as entranhas. Hallo! Guten Tag! A sorte é que ninguém reparou. Após o curto circuito, um invólucro, por dentro o vazio, como um balão. Hallo! Guten Tag! Ups! O vento levantou-me. A sorte, é que ninguém reparou...”
Passei depois pelo Mercado, novo espaço que possibilita música ao vivo em Lisboa (bem vindo, venham mais...), para ver Bullet. Duas horas depois do previsto, e com a presença incompreensível de elementos decorativos de âmbito clubístico num cenário bem conseguido, a coisa arranca. O som é profissional, vai prendendo. Duas boas interpretações na voz... mas muita máquina, pouco espaço à criação no momento, aos improvisos, às mudanças de velocidade... é um problema que sinto relativamente a bandas que ao vivo utilizam demasiados elementos gravados... a coisa perde em vida, perde o brilho. Mas isto são mais questões de gostos pessoais, os Bullet criaram um som que merece a pena ser ouvido... e foi um bom concerto!
Volto a Patrícia Caldeira
explosão #1
Acho que uma explosão silenciosa acontece porque não se consegue dizer alguma coisa. Aquilo que não sai ribomba cá dentro, enche de uma acção vazia, cujo resultado é uma reacção vibratória ao retardador.
explosão #2
No entanto, se de uma explosão ficam cacos, que resulta de uma que não tem som?
explosão #3
Agarrar uma pedra que não se chega a atirar para dentro de um lago espelhado; Ver a pedra ao lado do lago e não a agarrar; Ter vontade de gritar e não poder; Sentir-me equivocado e não querer confirmar; Apesar da confirmação não pretendida, não a querer enfrentar; Estar frente a frente a um buraco que se sente porque dói, queima, e pôr-lhe uma tampa.
Em seguida Tânia Carvalho, só, oferece-nos o “Explodir em silêncio nunca chega a ser perturbador”. Do livro que acompanha o espectáculo (Patrícia Caldeira), “Explodir em silêncio nunca chega a ser perturador. Pam! Após o impacto, todo o corpo uma casca, colaram-se às paredes as entranhas. Hallo! Guten Tag! A sorte é que ninguém reparou. Após o curto circuito, um invólucro, por dentro o vazio, como um balão. Hallo! Guten Tag! Ups! O vento levantou-me. A sorte, é que ninguém reparou...”
Passei depois pelo Mercado, novo espaço que possibilita música ao vivo em Lisboa (bem vindo, venham mais...), para ver Bullet. Duas horas depois do previsto, e com a presença incompreensível de elementos decorativos de âmbito clubístico num cenário bem conseguido, a coisa arranca. O som é profissional, vai prendendo. Duas boas interpretações na voz... mas muita máquina, pouco espaço à criação no momento, aos improvisos, às mudanças de velocidade... é um problema que sinto relativamente a bandas que ao vivo utilizam demasiados elementos gravados... a coisa perde em vida, perde o brilho. Mas isto são mais questões de gostos pessoais, os Bullet criaram um som que merece a pena ser ouvido... e foi um bom concerto!
Volto a Patrícia Caldeira
explosão #1
Acho que uma explosão silenciosa acontece porque não se consegue dizer alguma coisa. Aquilo que não sai ribomba cá dentro, enche de uma acção vazia, cujo resultado é uma reacção vibratória ao retardador.
explosão #2
No entanto, se de uma explosão ficam cacos, que resulta de uma que não tem som?
explosão #3
Agarrar uma pedra que não se chega a atirar para dentro de um lago espelhado; Ver a pedra ao lado do lago e não a agarrar; Ter vontade de gritar e não poder; Sentir-me equivocado e não querer confirmar; Apesar da confirmação não pretendida, não a querer enfrentar; Estar frente a frente a um buraco que se sente porque dói, queima, e pôr-lhe uma tampa.
Esta semana...
Entre muita coisa solta, a continuação de upgrade, por ambientes aquáticos, e gatos, muitos gatos...
4 Comments:
meow!
por falar em bullet...estou em sintonia!:D
ainda não passei por ninguém hoje... uf! Já lá vou... abraço!
Gostei muito de estar aqui.
Obrigado...
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