quarta-feira, outubro 19, 2005

This world is a penal colony and nobody is allowed to leave. Kill the guards and leave

When did I stop wanting to be President?” Burroughs once asked himself, and promptly answered, “At birth certainly, and perhaps before.”

B. não pode ser acusado de politicamente correcto. Nem de cínico (palavra que não uso com sentido depreciativo): “an antihero eye-deep in corruption, drugs and stoic insolence” a um nível como não conheço em nenhum outro escritor. Revolucionário a um nível demasiado profundo para ser levado a sério pelos controladores. Ele próprio, segundo as suas palavras, se excluia deste universo, confessando a Kerouac

I’m apparently some kind of agent from another planet, but I haven’t got my orders decoded yet”.

Começou nos anos 40 (sim, há sessenta anos) como membro fundador da Beat Generation, “the electric revolution in art and manners that kicked of the counterculture and introduced the hipster to mainstream America, a movement for which Jack Kerouac became the mythologizer, Allen Ginsberg the prophet, and Burroughs the theorist” (gosto de teóricos destes eheh).

Juntos desafiaram os diversos dogmas da sociedade moderna (e da américa respeitável em particular...).

Convidado em 1983 para a Academy and Institute of Arts and Letters, comentou: Twenty years ago they were saying I belonged in jail. Now they’re saying I belong in their club. I didn’t listen to them then, and I don’t listen to them now”.

Como já escrevi por aqui num destes dias, B. Fez parte de uma sociedade de elite. A sua figura e personalidade qualificaram-no como o mais impopular adolescente da cidade. O pai comparou-o a um cadáver andante (B. concordava, desconhecendo no entanto de quem seria o cadáver).

Já aí interessado em drogas, homossexualidade, (alter)arte, foi considerado aluno problemático em vários colégios de elite por onde passou – Los Alamos Ranch School, por exemplo, no Novo México, onde nasceram as bombas que viriam a destruir Hiroshima e Nagasaki e criaram a “the sick soul, sick unto death, of the atomic age”, uma das suas temáticas principais.

Cabuuuum Peace on Hearth blablamerdas

Em 1936 licencia-se em Harvard. No livro de curso um espaço em branco no lugar da sua fotografia (eheh).

Começa as suas inúmeras viagens por Viena. Conhece a realidade nazi, nunca esquece que o que Hitler fez foi legal.

Nos anos 40 avança no underworld (drogas, crime), que considera menos comprometedor que um “constant state of pretense and dissimulation required by any job that contributed to the status quo” (assim comómeu – pacificador social).

The history of the planet is a history of idiocy highlighted by a few morons who stand out as comparative geniuses.

6 Comments:

Blogger P.Dru said...

Este blog primeiro estranha-se, depois entranha-se. Continua muxaxo!

10:32 da manhã  
Blogger Naked Lunch said...

Gracias!

11:05 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A real enlightening blog. Don't stop now. Don't miss visiting this site about football betting guide There's lots of information about football betting guide

5:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Ando à espreita neste teu blog já há alguns dias... Sempre desejei encontrar algo deste estilo. Não sei bem ainda o que comentar, mas vou ficar atento aos posts. No que é que isto poderá resultar (o blog, claro)?

Coltrane e Burroughs pelas noites e dias afora; dois dos meus refúgios preferidos.

Keep it up, NakedLunch!

12:19 da manhã  
Blogger Naked Lunch said...

Muito obrigado, a sério.

Não sei onde vai levar. Mas nos próximos tempos a coisa vai ficando por Burroughs e um pouco de música.

Vai contribuindo.

4:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Keep up the good work »

7:44 da tarde  

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