pearl, discos riscados, despedidas, a naked lunch

... janis joplin, uma série de anos depois, mais uma redescoberta... depois dos ressentimentos... o festim assumiu-se por vezes como algo demasiado pessoal... já pensei matar a coisa por isso, mas nunca aconteceu (declaração óbvia e assumidamente inutil)... de qualquer maneira este será o último post deste género... já agora, as fotos têm sido de parte das coisas que o Mega (aka uma série de coisas, mas se virem por aí dirty cop é mais ou menos a mesma coisa) vai fazendo...

... não ligo ao ano novo e aos planos de ano novo... para estes anos estão mais que feitos, 2007 está lançado... em algumas coisas aguardam-se (de forma muito ansiosa, por sinal) por decisões externas... no resto, tudo parece depender do colectivo (animal...)... expectativas, vontade, medo, reencontros???...

... 2006 foi bom, óptimo, terrível, acidentado, esperança, expectativa, desilusão, concretização...

um abraço aos que estiveram por perto e ajudaram (muito...)

palavras de ressentimento

... hoje apetece-me mandar lamber sabão os que só se lembram de telefonar nestes dias...

dada poem

passar e alameda para a na enfiou-se havia melhor doces, do caminhar fatiota frio, pela mais uma ainda e fundo de puto sentia-se casa um berrantes cheiros chá, luzes fazia melhor, pensava de

maquinas...

A B C
o tipo parece avisar que há qualquer coi sa de errado nisto t
udo, ou pelo menos q ue não tem de ser ex actamente assim, a r
ealidade não é assim tão importante, gos ta de vaguar a 30 ce
ntímetros do chão ac ompanhado de pensame ntos essencialmente
desfocados...

colectivo animal

... sobre animal colective... um tiro no escuro, bem dado... uma surpresa, as melodias calmas e a criatividade da coisa... bom para noites frias e vinho quente ou para conversas sonhadoras em pequenos grupos, a meia luz...

... sobre colectivo... um pequeno grupo, ideias... a procura da concretização e a procura de apoios... aparece gente pela lateral... a apoiar aspectos específicos mas com ideias e vontade... surge um colectivo, um bando de gentes com vontade de fazer coisas... criação... vontade, ideias, amizade e concretização... e improviso...

... é animal porque há desilusões, espectativas, infantilidade, risco, confusões, resmunguices... hajam coisas a acontecer...

discos redescobertos - cure, pornography

... foi prenda de anos... conhecia mal... um disco com melodias tristes... muito bom... obrigadinho pá... e não, não está riscado...

uma nova caixa de musica, em lisboa

num dos bairros mais nobres da cidade, cais do sodré... já na net, a coisa fica-se por http://www.musicboxlisboa.com/ ... a programação é impressionante, pelo ritmo de concertos... ficam algumas propostas: 04 Jan - Lobster 05 Jan - Wordsong 06 Jan - Post Hit 10 Jan - Loto + Kalashnickov 11 Jan - Jorge Palma + Flak + Micro Audio Waves 12 Jan - Coty Cream 13 Jan - You Should Go Ahead 17 Jan - Microméchant (João Lobo & Norberto Lobo) 19 Jan - Cacique 97... haja música... felicidades para a music box...

?

...

escandalosamente

verdes

discos redescobertos - pixies, surfer rose

... i'm amazed... um disco fantástico, ainda o conheço quase de cor... underground qb, muito melódico, uma abordagem simples e eficaz ao formato canção... isto o baú dos vinis vai surpreendendo... mais nos próximos tempos, haja música...

discos redescobertos - jimi hendrix, rainbow bridge

limpinhos acabam por tocar de novo... há anos que não ouvia este rainbow bridge... uma série de temas pouco conhecidos, coros inusitados, batidas por vezes quase funk... não é exactamente o que se esperaria de um disco de jimi hendrix... banda sonora dum filme que desconheço...

um instrumental pouco conhecido, PALI GAP, um HEY BABY power flower, i´m going to spin and spread around peace of mind and a whole lotta love to you and you... inventivo... bem tocado... cheio de paz e amor e outros devaneios... o hino da américa... bem diferente de versões ao vivo (graças a um risco a minha versão é infinita, fosse eu supersticioso... uf...)... a ouvir...

estou aqui de passagem...

eu achava tudo aquilo absurdo, mas a Graciete e o Leocádio (e, a bem dizer, o resto da família) tanto insistiram, que acabei por ir fazer os exames, só para não os ouvir.

“pois pois, temos aqui um problema sério... felizmente detectámo-lo a tempo... estas depressões mórbidas podem ser fatais...”

“eu dizia-lhe, Jorge, isso não é normal...”

“sempre macambúzio, ensimesmado, não se entusiasma com coisa alguma...”

“vai tomar estes comprimidos que o vão pôr como novo... mas o mais importante é mudar de estilo de vida... diga-me: gosta de música?”

muito senhor doutor

“óptimo, a música é uma excelente terapia para a depressão... e o que costuma ouvir?

Mahler

Mahler? Mas isso é absolutamente contra-indicado. Está proibido, terminantemente proibido de ouvir mahler. Nada de mahler, músicas alegres, festivas, óperas bufas, operetas, valsas vienenses, zarzuelas. Ok?


claro que não deixei de ouvir mahler, apesar da Graciete ter apreendido os discos... e também não tomei os comprimidos... saía depois do jantar, com o pretexto de um jogo de cartas na sociedade recreativa...

(na rua, walkman nos ouvidos)

receava que, mais tarde ou mais cedo, descobrissem o meu estratagema, o que não podia adivinhar era que se preparavam medidas bem mais drásticas para pôr cobro a depressões e acessos de melancolia.

uma noite, ao passar junto do depósito de água da cidade, um lugar remoto e pouco frequentado, apercebi-me de uma movimentação inusitada.

(alguém despeja quantidades industriais de prozac no depósito)

durante os primeiros dias evitei beber água... mas acabei por compreender que era inútil resistir...agora estou bem... acho que nunca estive tão bem... já me rio de pessoas que tropeçam em patins e caiem de bicicletas e escadotes... e acho imensa graça aos humoristas que há uns meses atrás considerava uns cabotinos... quanto à música de mahler, parece-me agora uma tremenda maçada...


José Carlos Fernandes, O direito à infelicidade

sorry honney...

psycho candy

mais um auto-elogio... desculpem qq coisinha...

100 PALAVRAS & MAIS ALGUMAS|Para um disco Pop 2006

Não, não é nenhum top, é apenas um pseudodisco pop...não no sentido depreciativo geralmente associado a um género de música específico, mas no sentido de popular, de música capaz de suscitar na maior parte dos ouvintes - independentemente dos seus gostos - sensações positivas, de prazer; e aí, os géneros pouco importam. O objectivo foi escolher algumas das canções incluídas em discos de 2006 que juntas - até pela sua diversidade, fossem capazes de convencer o maior dos luso-cépticos a ouvir mais música feita por portugueses - a nova. De fora ficaram discos de bandas ou artistas já com nome na praça ou incluídos em catálogos de editoras maiores - por isso mesmo com outro nível de exposição. Junto segue uma lista de 23 sons bem amigáveis, digo eu - ora digam lá vocês:

> Buraka Som Sistema - Yah Ouvir
> Orangotang - Fome Ouvir
> Cinemuerte - Stuck in a moment ouvir
> Dapunksportif - I Can't Move ouvir
> The Weatherman - People Get Lazy ouvir
> Bunnyranch - Inside My Head ouvir
> Born a Lion - John Captain ouvir
> Double D Force - Enforce the Funk ouvir
> Nigga Poison - Tu Fazes Parte de Mim ouvir
> OVO - O Mundo é Já Aqui ouvir
> Fat Freddy - Tema #3 ouvir
> Green Machine - The Never Ending Train is Gonna Stop You to change! ouvir
> Linda Martini - Amor Combate ouvir
> Nuno Prata - Não, eu Não Sou um Fantasma ouvir
> Uxu Kalhus - Xotiska ouvir
> X-Wife - Ping-Pong ouvir
> Peace Revolution - Just Wanna Dance Ouvir
> Balla - O Fim da Luta Ouvir
> New Connection - Lollypop ouvir
> Spartak! - Spartak!One ouvir
> sUBMARINe - About You and Me ouvir
> The Poppers - Days of Summer ouvir
> You Should Go Ahead - Alien Discotheque ouvir


mais em http://atrompa.blogspot.com/

portugal rebelde

imagem: mega

chama-se portugal rebelde e é um novo espaço de divulgação musical... acabadinho de criar... um abraço e boa sorte... mais em http://portugalrebelde.blogspot.com/

the frigo project

Guts n'A Trompa

SINGLES & EP'S|"Guts" - New Connection

Visceral...
O EP "Guts" marca a estreia em disco do quinteto lisboeta New Connection (Sandra na voz, Gonçalo Leitão na guitarra, Torré na guitarra e saxofone, Pedro Antunes no baixo e Cali na bateria); uma estreia marcada pela surpresa, boa mas curta. Boa, porque a sensação final é de óbvio prazer; curta, porque como facilmente se perceberá, acaba depressa.
Dizia há dias por estas bandas e sobre o mesmo "Guts", que "a temperatura vai subir, subir e o suor estatelar-se no solo. Sem dó". Este parece ser um bom mote - e adequado - para início de conversa. Este parece ser o momento; o momento em que a melancolia bristoliana de outros tempos é atirada para trás das costas, lançando-se a banda lisboeta numa viagem diferente, toda ela festiva, viva. A sensação de transe mantém-se da primeira à última faixa, num EP que parece destinado a querer libertar-nos do breu das noites e da angústia dos dias. Com uma sonoridade mais crua e vibrante - o disco foi gravado em apenas um dia - "Guts" é marcado por uma consistência geral assinalável, conseguindo vaguear dentro do lato género alternativo pelos mais diversos estilos; do mais pegajoso como em "Lollypop" - o ringing ringing ringing que nos assola eternamente, ao do melhor estilo punk de "Glories & Jewels"; do final noise de "Liar, Creeper", ao mais experimentalista e esteticamente mais interessante "Gold im Mund". Melhor, no fim, há toda uma estranha coerência de melodia que se mantém ao longo de todo o disco; um estranha força pop que nos torna sedentos por ouvir todas as faixas de "Guts" com a mesma vontade e prazer - a vontade de repetir, o prazer do divertimento.
Entre a simplicidade do óbvio e o mais criativo e experimental, "Guts" vive para se comemorar - sem preconceitos. O disco foi produzido por Pedro Alçada (Coty Cream) tendo a história dos New Connection novo capítulo previsto para o início do próximo ano.



É um prazer enorme ver uma crítica a música feita por nós n'A Trompa... grande abraço e obrigado pela divulgação...

440

... as ideias são mais que muitas... e diferentes, os locais de partida são diversos... às vezes parece não haver tempo para nada tal é o fluxo... a angústia em que parece que nada acontece... uf... 2007...

humOR

... falta de ar... asma... pulmões entupidos... constipação... ranho... baba... suores... frio... humor de cão... daqueles que espumam da boca e cheiram a carne podre...

the primal scream

... we are together... we wan´t to be free to do what we want... we're gonna have a real good time together...

the velvet...

white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light white light white ligh white light white light white light white light white light white light

the tom waits big band

... underground... theres a world going on... underground... é de lá que vem, mas agora pára por estes lados... atraído pelos cheiros agridoces dos recantos e pelas putas exóticas das esquinas... dir-se-ia um verme kitsh... mais pela barba que pelas roupas...

the young gods

... o bixo... é o bixo, quem diria... apanhei-o ontem, já de noite... ouvi arranhar no beco... isso e o african beat manhoso... os seus pequenos tentáculos moldavam na parede as tintas que cuspia... é o bixo o tipo que nos escreve a cidade... uma centopeia adorável... viciado em drogas doces e plácidas...

procura-se espaço...

... em lisboa... centro... histórico de preferência... amplo... barato... para funcionar como centro cultural alternativo... sede de uma associação cultural... espaço de ensaios... estúdio de gravação... espaço de concertos... espaço de exposições... espaço de encontros...

connection

... cinco... paredes amarelas e um bar, de madeira... três ressacas... acepipes e um bolo visceral... charutos e charutos... e muito vinil, ao fundo... planos, ideias... e licor de gengibre... ideias, saudades, despedidas... música e mais qualquer coisa... e faz um frio do caralho...

the virgin prunes

...nome estranho... gemidos, cantilenas, tambores, melodias simples, barrocas e infantis, soa bem, tudo... nesse mesmo dia alguém sai para a rua, manhã clara, waiting for the man na cabeça, enjoo matinal, o estômago domina... está uma manhã fantástica... chora, mas pouco, quase seco... anda muito, as ruas estão estranhamente vazias a esta hora... onde é que me vi m meter????????

kaptess, registo

... está feito, faltam uns toques... as primeiras duas músicas dos kaptess estão gravadas e quase misturadas... as primeiras e as últimas, provavelmente... a ouvir por aí, um dia destes...

bilal animal

... sugestão, só pode ser sugestão... há camaleões e lagostas... dentes... peixes voadores... enfim, lugares comuns... parecem-me prontos a vomitar... daí a cor de vómito... tudo arrumadinho, tudo bate certo por aqui...

procura-se...

... banda sonora do Nosferatu do Murnau... uma pérola...

é o cabaret...

o cabaret... o cabateeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeet... nós dizemos só cábáré... tem mais acentos... cheira a tabaco e engate...

fimdesemanaproooooooooooooooooolongado

... cura de sono (com efeitos claros...), regresso aos ensaios... os kaptess gravaram dois temas (ficou bem...), do BA para o mundo... pena, acabar ainda antes de começar, quase... a coisa até poderia dar... em breve estarão aí disponíveis, os dois temas... o regresso do sunday show à Bomba Suicida... já tinha saudades... foi bom, como sempre, uma série de performances mais ou menos ligadas ao universo António Variações (a última actuação foi um momento de sonho... magnífico)... e, um Nosferatu caseiro (uma banda sonora imperdível)...

pelo meio... mais ideias para projectos novos... começo a ouvir os sons de um cabaret imaginário...

adiante