terça-feira, outubro 04, 2005

Bio II


Já devem ter reparado que que William S. Burroughs me diz qualquer coisa. Deixo hoje algumas notas biográficas.

Nasceu em St. Louis em 1914. Ao contrário de Kerouac, as origens de Burroughs permitiram-lhe crescer em condições consideravelmente confortáveis. Frequentou Harvard tendo-se formado em 1936.

A sua escrita relatou as suas (longas e diversificadas) experiências com narcóticos, misturadas num ambiente homoerótico (às vezes dá jeito criar umas palavras novas).

Correu mundo, passando pelo Continente Sul Americano, África e Europa, experimentando drogas e recolhendo material para futuras obras.

Kerouac utilizava a escrita automática (o nome diz tudo), Burroughs a colagem (que muitos consideram pretensiosa e confusa – Enganam-se). Os seus universos, espelhados em obras como Naked Lunch, atingiram níveis de loucura poucas vezes encontrados e o autor constitui a essência do que caracteriza um artista de culto.

Entre os que desconsideram a sua escrita e/ou a criticam por explorar a temática das drogas e por ser imoral (não é o tom do Blog, mas vão-se lixar mais à vossa moral) e os que o admiram pela sua escrita, eu considero-o o expoente máximo da criação na escrita, em que autor e obra se confundem e transcendem em algo completamente novo – a criação novamente.

Nos próximos dias irei abordar algumas “manias” do autor.
Kim has never doubted the possibility of an afterlife or the existence of gods. In fact he intends to become a god, to shoot his way to immortality, to invent his way, to write his way. He has a number of patents: the Carsons spring knife, an extension of the spring blackjack principle; a cartridge in which the case becomes the projectile; an air gun in which air is compressed by a small powder charge; a magnetic gunin which propulsion is effected by compressing a reversed magnetic field. "Whenever you use this bow I will be there," the Zen archery master tells his students. And he means there quite literally. He lives in his students and thus achieves a measure of immortality. And the immortality of a writer is to be taken literally. Whenever anyone reads his words the writer is there. He lives in his readers. So every time someone neatly guts his opponent with my spring knife or slices off two heads with one swipe of my spring sword I am there to drink the blood and smell the fresh entrails as they slop out with a divine squishy sound. I am there when the case bullet tbuds home-right in the stomach ... what a lovely grunt! And my saga will shine in the eyes of adolescents squinting through gunsmoke.
Kapow! Kapow! Kapow!
(The Place of Dead Roads)

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

não sabia que jack kerouac era adepto da escrita automática. gosto muito de tudo o que é automático. escrita e desenho. é muito, muito interessante e eu, pessoalmente, sou um grande adepto, tanto na escrita como no desenho.
quanto à moral, que se lixe, de facto. se há coisa à qual não ligo mesmo nada é à moralidade, e isso já fez com que me chegassem a dizer que não tenho princípios ou, esta é a melhor, que 'não tenho qualquer valor como ser humano'. lol. gosto do teu blog.

7:02 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Well done!
[url=http://cejvuogj.com/kcqz/iwfy.html]My homepage[/url] | [url=http://qjxlcvle.com/ekuk/mepk.html]Cool site[/url]

1:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Good design!
My homepage | Please visit

1:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Well done!
http://cejvuogj.com/kcqz/iwfy.html | http://zrckkndx.com/jhjb/hcbx.html

1:44 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home