Invito al Cielo

ladrar ao fundo. funde-se com o barulho dos carros e dos vizinhos. à janela. dentro sonic youth, numa catedral qualquer. guinchos de violoncelo. lamentos sónicos. desce às pernas, começa por aí… um halo magnético, sobe às mãos… um sopro entra na melodia… passa à cabeça, depois pescoço… mais que percorrer, rodeia, circula devagar, envolve, massaja… que sons são estes? Bic… português… KGB… marca registada… Tiger Man, ao contrário “I wanna play, doggy style”.

pescoço roda, desce ao peito… um prato e um teclado, bateria, a melodia normaliza um pouco… negro… melodia… flutuo… uma voz de puta (imagem)… sereia… movimentos leves… a coisa desce em ondas… chega ao estômago (ag)… a gaja “you got to decide… dont forget your memory” baixinho… a voz mata a melodia… os sons defendem-se o melhor que podem… a sereia aguenta-os a todos… o canto da sereia… uma lenga lenga atrás “vocês sabem lá… pareceu abixanado? 9 songs” na nuca agora… da-se… pescoço e ombros… “não me consigo levantar…” a sereia esfrega-se nos cacos e morre… Madrid… licor e calor… al berto… como é que viro o disco? espinha… tunc tunc e batatinhas… viro… transparente hipnótico… por agora chega… um exagero… “é uma selvajaria”… ruídos sónicos monótonos… um gongo igual… já chega… fico-me por aqui…